segunda-feira, 28 de abril de 2008

“O SUS é uma importantíssima política de redução de desigualdade social”, diz Temporão

Se é importante para reduzir a desigualdade social, então o SUS (Sistema Único de Saúde) deveria merecer mais atenção não só do Estado, mas de todos aqueles que valorizam saúde pública e de qualidade.
A saúde foi apontada por 29% brasileiros como um dos principais problemas do país, em pesquisa nacional feita pelo Datafolha no mês passado, ficando à frente do desemprego e da violência.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirma o óbvio: “o maior problema da saúde pública é a falta de dinheiro”. Diz ainda que tenta diariamente convencer a equipe econômica do governo a liberar mais recursos.
É uma nobre ação a do ministro diante da queda de 20% da presença do poder público no SUS. Enquanto 49% dos gastos com saúde são oriundos do SUS, o setor privado concentra 51%.
Diante dessa menor participação do SUS, continua valendo o que muitos já sabem: o sistema público precisa de mais investimentos para melhorar a qualidade de atendimento aos seus usuários. Precisa também que as pessoas dispensem um outro olhar para ele.
O médico Gilson Carvalho, especialista em saúde pública, afirma à Folha que falta dinheiro ao Sistema Único de Saúde porque as classes mais ricas pensam que não precisam dele. “O SUS, ainda que não seja, fica quase classificado como um sistema de saúde de pobres. Falta pressão da classe média e da classe rica em defesa do sistema”, diz Carvalho.
Portanto, todos têm que fazer a sua parte. Cabe à população pressionar os governantes para que estes destinem mais verbas para o sistema público de saúde. E cabe aos governantes se empenharem na defesa de mais qualidade nas ações e serviços oferecidos pelo SUS à população.
É preciso trabalhar pelo fortalecimento das instituições de saúde, garantindo um sistema público integrado, que vá desde a rede de atendimento básico até os tratamentos mais sofisticados, com garantia e presteza no atendimento, pois, enquanto os recursos forem insuficientes e houver debilidades no sistema, os planos privados de saúde vão continuar a engordar seus cofres.

1º de Maio da CTB acontece na zona leste da capital

Uma região densamente povoada por trabalhadores, a zona leste da capital paulistana, foi escolhida pela CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) para comemorar o Dia do Trabalhador, 1º de Maio.
Dirigentes da CTB e da UST (União Sindical dos Trabalhadores) farão um ato político na Cohab José Bonifácio para defender bandeiras importantes para a classe trabalhadora:

1 - Redução da jornada de trabalho sem redução de salário.
2 - Ratificação da Convenção 151 da OIT.
3 - Ratificação da Convenção 158 da OIT.
4 - Fim do “fator previdenciário”.
5 - Reforma agrária.

Como é dia de festa, as centrais não poderiam deixar de proporcionar diversão para os trabalhadores. Quem participar da festa, vai poder se animar ao som do cantor Netinho, do conjunto Fala Mansa e de mais uma série de atrações artísticas.
O ex-deputado federal e estadual, Jamil Murad, também participa da comemoração, prestando uma homenagem àqueles que sempre defendeu em sua atuação política e que ajudam o nosso país e a nossa cidade a crescerem cada vez mais.

PCdoB, PSB, PDT e PRB: juntos por um candidato próprio

Em ato na Câmara Municipal hoje, PCdoB, PSB, PDT e PRB reforçam a aliança que tem dado certo na esfera federal. Desta vez os partidos se unem para defender um candidato próprio à Prefeitura de São Paulo, sem deixar, claro, de criticar a polarização da campanha entre PSDB, DEM e PT.
PCdoB, PSB, PDT e PRB vão lançar o documento “Por uma São Paulo melhor”, no qual destacam que “este ‘cabo-de-guerra’ empobreceu o debate político e transformou as eleições em simples escolha de nomes, onde, o que menos importa, é o debate sobre o futuro do nosso município”.
O deputado federal Aldo Rebelo, PCdoB, afirma ao jornal Folha de S. Paulo que a candidatura própria do bloco é irreversível, “mas isso não exclui o diálogo político com outros partidos e candidatos”.
“A gente precisa fugir dessa polarização destrutiva entre dois pólos na cidade. Nossa carta é um compromisso com São Paulo e com a candidatura que possa surgir dessa aliança”, diz ele.

Aumento nas contas da Câmara

Não é a linha de comando deste site fazer comentários sobre os gastos de governo, mas não agüentamos e sentimos a necessidade de expressar opinião quanto ao aumento da verba de gabinete usada para pagar o salário de funcionários contratados sem concurso. O din din subirá dos atuais R$ 50,8 mil ao mês para R$ 60 mil. O impacto anual na folha será de R$ 61,4 milhões
Segundo a lei da Casa, a verba de gabinete é usada para a contratação de no mínimo cinco e no máximo 25 funcionários por gabinete. Hoje, a Câmara conta com cerca de 9.500 deles, cujos salários vão de R$ 721 a R$ 8.040.
É difícil acreditar que, de fato, todo esse montante vá para pagar a folha de pagamento de funcionários, apesar de ser expressamente proibida a utilização desse dinheiro para outra função. Mas como sempre existe aquele jeitinho brasileiro, já sabemos o final da história, laranjas, funcionários fantasmas e servidores devolvendo parte de seus vencimentos aos gabinetes.
Por isso, insistimos em afirmar, conheça sempre o caráter do seu candidato. Não se impressione com as promessas vazias, ou com pequenos presentes como bonés, chaveiros, camisetas, que, apesar de proibida, a prática ainda é muito utilizada por candidatos que não têm conteúdo e apresentam tais presentinhos como moeda de troca ao eleitor.
Diga não a essas práticas, vote em quem tem experiência/bagagem para levar adiante nossos anseios e as necessidades da nossa cidade.